Páginas

As duas vizinhas - Os dois remos - Os dois lobos



Os dois lobos

Um dia o avô, sentado lado a lado com o neto, disse-lhe:

- Sinto-me como se tivesse dois lobos lutando no meu coração! Um dos dois é um lobo raivoso, violento e vingativo. O outro está cheio de amor e compaixão.

O neto perguntou-lhe:

- Vô? Qual dos dois lobos vai ganhar a luta no seu coração?

O avô respondeu:

- Aquele que eu alimentar…



Os dois remos

Um excursionista caminhava à beira de um grande lago, procurando uma maneira de atravessá-lo, quando, numa pequena enseada, um velho barqueiro arrumando algumas coisas no seu barco. O moço aproximou-se:
- Quero atravessar para o outro lado do lago. Onde posso encontrar alguém para me levar?

O velho olhou-o com atenção e respondeu:
- Dentro de poucos minutos eu vou atravessar o lago com o meu barco. Se quiser uma carona, suba.

O excursionista agradeceu muito feliz e ajeitou-se no barco enquanto o barqueiro preparava o necessário. O barco não era novo, mas estava bastante bem conservado. Era movido por dois grandes ramos. Nisso o moço percebeu alguma coisa escrita neles e se aproximou para ver melhor. Num dos remos estava escrito: "Fé" e no outro "ação".

Não podendo conter a curiosidade, o excursionista perguntou a razão daqueles nomes nos remos.  O barqueiro sentou-se no banco, pegou o remo onde estava escrito "fé" e remou com toda a força. O barco, então, começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava.

A seguir, deixou este remo e começou a remar com o outro onde estava escrito "ação”. Novamente o barco girou em sentido oposto, mas sem ir adiante.

Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos ao mesmo tempo, remou com todo vigor, e o barco, começou a avançar em direção ao outro lado do lago.

Então o barqueiro disse ao excursionista:
- Nunca alcançaremos o outro lado só com um dos remos. Para conseguir nossos objetivos precisamos de fé e de ação.

E continuou a remar com força... com os dois remos!



As duas vizinhas

Havia duas vizinhas que viviam em pé de guerra. Não podiam se encontrar na rua que era briga na certa.
Depois de um tempo, dona Maria descobriu o verdadeiro valor da amizade e resolveu que iria fazer as pazes com dona Clotilde. Ao se encontrarem na rua, muito humildemente, disse dona Maria:
- Minha querida Clotilde, já estamos nessa desavença há anos e sem nenhum motivo aparente. Estou propondo para você que façamos as pazes e vivamos como duas boas e velhas amigas.
Dona Clotilde, na hora estranhou a atitude da velha rival, e disse que iria pensar no caso. Pelo caminho foi matutando...
- Essa dona Maria não me engana, está querendo me aprontar alguma coisa e eu não vou deixar por menos. Vou mandar-lhe um presente para ver sua reação.
Chegando em casa, preparou uma bela cesta de presentes, cobrindo-a com um lindo papel, mas encheu-a de esterco de vaca.
- Eu adoraria ver a cara da dona Maria ao receber esse "maravilhoso" presente. Vamos ver se ela vai gostar dessa.
Mandou a empregada levar o presente à casa da rival, com um bilhete: "Aceito sua proposta de paz e para selarmos nosso compromisso, envio-lhe esse lindo presente".
Dona Maria estranhou o presente, mas não se exaltou.
- Que ela está propondo com isso? Não estamos fazendo as pazes? Bem, deixa pra lá.
Algum tempo depois dona Clotilde atende à porta e recebe uma linda cesta de presentes coberta com um belo papel.
- É a vingança daquela asquerosa da Maria. Que será que ela me aprontou!
Qual não foi sua surpresa ao abrir a cesta e ver um lindo arranjo das mais belas flores que podiam existir num jardim, e um cartão com a seguinte mensagem: "Estas flores é o que te ofereço em prova da minha amizade. Foram cultivadas com o esterco que você me enviou e que proporcionou excelente adubo para meu jardim. Afinal, Cada um dá o que tem em abundância em sua vida".

Nenhum comentário:

Postagens mais visitadas

Postagem em destaque

O barqueiro do inferno

Caronte, o barqueiro do inferno Caronte o barqueiro de Hades, responsável por levar as almas dos recém-mortos para o outro lado, atrave...