A Lenda de Momotaro
Há muito tempo, em uma vila distante, vivia um casal de simpáticos velhinhos, tão bondosos que eram amados por todos. Num certo dia, como de costume, o velhinho foi para as montanhas colher gravetos de madeira e a velhinha lavar roupas no riacho. Enquanto esfregava as roupas nas águas cristalinas, a velha senhora viu um pêssego enorme flutuando no rio e, com a dificuldade da idade, não conseguiu alcançá-lo. Parando um momento para pensar o que faria, ela se lembrou de um velho chama-verso, e então cantarolou: “Distante água é amarga, a água perto é doce; Passe pela água distante e vem para água doce”.
Estranhamente, assim que ela começou a repetir essa cantiga o pêssego começou a chegar mais perto e mais perto, até que finalmente parou em frente onde a velha senhora estava. Ela ficou encantada, não poderia continuar com seu trabalho, tão feliz e animada que estava. Então ela colocou todas as roupas de volta em sua cesta de bambu, e com o cesto nas costas e o pêssego na mão carregou o grande fruto para casa.
No final da tarde, quando seu marido chegou do trabalho, ficou muito contente ao ver a enorme fruta. “Que lindo pêssego, parece delicioso!”, disse o velhinho. Quando se preparavam para fatiá-lo, o pêssego se mexeu. “Esta vivo, está vivo”, disse a velhinha. De repente a fruta rachou e se abriu sozinha, quando as duas metades caíram separadas sobre a mesa, qual não foi a surpresa do velho casal ao ver sair lá de dentro um pequeno menino.
Os dois estarrecidos permaneceram em silêncio durante alguns instantes, olhando para aquela criança sorridente. “Não tenham medo”, disse o menino, por fim. “Vim lhes fazer companhia. Vim ser seu filho, ajudá-los e alegrá-los”. Em seu coração, agradeceram a Buda, pois certamente era ele quem lhes concedia aquela felicidade, um filho, no fim de suas vidas.
Como não tinham filhos, eles ficaram imensamente contentes e acolheram agradecidos o pequenino menino. Primeiro o velhinho pegou a criança em seus braços, e depois a velhinha fez o mesmo; e nomeou-o Momotaro o “Menino-Pêssego”. E ele, de fato, trouxe muita ajuda e muitas alegrias à vida do velho lenhador e de sua esposa.
As épocas de plantio e de colheita do arroz chegavam e iam embora, e os dois não se cansavam de celebrar sua própria sorte. Momotaro crescia rápido, inteligente, robusto e decidido, ao mesmo tempo muito doce em seu coração, como se guardasse essa característica de suas estranhas origens.
Estranhamente, assim que ela começou a repetir essa cantiga o pêssego começou a chegar mais perto e mais perto, até que finalmente parou em frente onde a velha senhora estava. Ela ficou encantada, não poderia continuar com seu trabalho, tão feliz e animada que estava. Então ela colocou todas as roupas de volta em sua cesta de bambu, e com o cesto nas costas e o pêssego na mão carregou o grande fruto para casa.
No final da tarde, quando seu marido chegou do trabalho, ficou muito contente ao ver a enorme fruta. “Que lindo pêssego, parece delicioso!”, disse o velhinho. Quando se preparavam para fatiá-lo, o pêssego se mexeu. “Esta vivo, está vivo”, disse a velhinha. De repente a fruta rachou e se abriu sozinha, quando as duas metades caíram separadas sobre a mesa, qual não foi a surpresa do velho casal ao ver sair lá de dentro um pequeno menino.
Os dois estarrecidos permaneceram em silêncio durante alguns instantes, olhando para aquela criança sorridente. “Não tenham medo”, disse o menino, por fim. “Vim lhes fazer companhia. Vim ser seu filho, ajudá-los e alegrá-los”. Em seu coração, agradeceram a Buda, pois certamente era ele quem lhes concedia aquela felicidade, um filho, no fim de suas vidas.
Como não tinham filhos, eles ficaram imensamente contentes e acolheram agradecidos o pequenino menino. Primeiro o velhinho pegou a criança em seus braços, e depois a velhinha fez o mesmo; e nomeou-o Momotaro o “Menino-Pêssego”. E ele, de fato, trouxe muita ajuda e muitas alegrias à vida do velho lenhador e de sua esposa.
As épocas de plantio e de colheita do arroz chegavam e iam embora, e os dois não se cansavam de celebrar sua própria sorte. Momotaro crescia rápido, inteligente, robusto e decidido, ao mesmo tempo muito doce em seu coração, como se guardasse essa característica de suas estranhas origens.
O tempo passou e, numa certa noite, ele ouviu conversas sobre os Onis, monstros demoníacos que atacavam as aldeias, roubavam e matavam, assustando os moradores locais. Ele ficou tão indignado que tomou uma decisão: iria à Ilha dos demônios para combatê-los e impedir que continuasse tamanha crueldade.
A princípio, seus pais ficaram muito assustados, mas orgulhosos de ver a coragem do filho. Apesar do medo que sentiam, os velhinhos prepararam diversos bolinhos, os “kibidangos” (bolinho japonês) feitos de mochiko (farinha de arroz), para Momotaro levar na viagem.
Os olhos dos dois idosos estavam cheios de lágrimas e sua voz tremia quando eles disseram: “Vá com todo o cuidado e velocidade. Esperamos que com as bênçãos dos deuses, volte logo e vitorioso!”.
Na manhã seguinte, Momotaro partiu, levando consigo os kibidangos. No caminho da funesta ilha, ele encontrou um cachorro. “Momotarosan, Momotarosan, por favor, dê-me um bolinho e eu irei com você enfrentar os Onis”, disse o cachorro. Momotaro deu-lhe um kibidango e o cão partiu com ele.
Mais adiante, encontraram um macaco. “Momotaro-san, Momotaro-san, o que você leva neste saquinho?”. “São kibidangos, os deliciosos bolinhos, os melhores do Japão”, disse o jovem. “Pode me dar um? Assim eu irei com vocês”. E assim foi feito. Momotaro, o cachorro e o macaco seguiram o caminho juntos e, mais à frente, avistaram um grande faisão. Ele, também faminto, pediu e ganhou um kibidango e assim seguiram os quatro.
Após uma longa jornada eles chegaram ao mar. Remaram e remaram, enquanto o faisão voava e indicava o caminho, pois o céu estava escuro e coberto de nuvens. Quando chegaram à ilha dos Onis, tudo parecia assustador; os portões do castelo eram grandes e escuros, havia névoa e o dia estava escuro.
O macaco, com toda sua agilidade, escalou o alto portão e o destrancou por dentro. Todos entraram no castelo e deram de cara com os horrendos Onis, que se levantaram e encararam os quatro forasteiros. “Sou Momotaro e vim enfrentá-lo”, bradou o valente jovem. Travou-se então uma grande batalha.
Após uma longa jornada eles chegaram ao mar. Remaram e remaram, enquanto o faisão voava e indicava o caminho, pois o céu estava escuro e coberto de nuvens. Quando chegaram à ilha dos Onis, tudo parecia assustador; os portões do castelo eram grandes e escuros, havia névoa e o dia estava escuro.
O macaco, com toda sua agilidade, escalou o alto portão e o destrancou por dentro. Todos entraram no castelo e deram de cara com os horrendos Onis, que se levantaram e encararam os quatro forasteiros. “Sou Momotaro e vim enfrentá-lo”, bradou o valente jovem. Travou-se então uma grande batalha.
Dentro do castelo, Momotaro enfrenta valentemente os monstros com a sua espada afiada, auxiliado pelos amigos animais. Faisão, em seu voo rasante, com seu bico pontudo e garras afiadas, atingiam os inimigos na cabeça. O cachorro corria em volta dos Onis e lutava com dentadas, enquanto o macaco utilizava suas unhas, ajudando a vencer os inimigos.
Finalmente, após muita luta, Momotaro e seus fiéis companheiros derrotaram as terríveis criaturas. “Nunca mais vamos invadir as aldeias e prejudicar os moradores, nós prometemos. Por favor, poupe nossas vidas”, implorou o chefe dos Onis.
Compreensivo e generoso, Momotaro os perdoou. Em troca, o chefe dos demônios ofereceu-lhe os tesouros que eles vinham roubando das aldeias. Eram moedas de ouro, pedras preciosas e outros objetos de grande valor. Momotaro voltou para casa, e, quando seus pais o viram, não puderam acreditar. Ele estava salvo e carregava um grande tesouro, a alegria do velho casal foi maior do que nunca.
O tesouro que Momotaro tinha trazido para casa com ele, foi distribuído entre os aldeões e seus velhos pais, e permitiu-lhes viver em paz até o fim de seus dias.
Com o retorno triunfante, Momotaro, o menino filho de um pêssego, foi declarado herói por seu povo que comemorou com grande festa agora que estavam livres dos demônios que tinham sido um terror da terra por um longo tempo.
Fonte: Livro Mitos e Lendas do Japão
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